por Cida de Souza
VICTOR DRAGO
"Sou fotógrafo e escrevo com a luz"
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NO INVOCAÇÕES: De São Paulo para Malawi, no continente africano, as fotografias de Victor Dragonetti, conhecido apenas como DRAGO, exploram não apenas as extravagâncias de povos distintos em busca de uma suposta felicidade, mas a incerteza do dia seguinte. Entre o preto e branco de uma selva de pedra e caos e o colorido da humildade ingenua, seus trabalhos lhe renderam críticas e prêmios, como prêmio ESSO de melhor fotografia, em 2013, pela cobertura das manifestações da época.
Discutindo sobre a importância do reconhecimento e buscando entender se ser a solidão do fotógrafo é essencial ou não, o Invocações desta semana apresenta diálogos sobre coletivos artísticos, trabalhos autorais e questões existenciais sobre o pensar fotográfico.
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MANHATTAN, HOST: Artista que utiliza a fotografia como sua principal ferramenta de comunicação e fundador da Agência Sangria.
Florianópolis, SC.
VITOR DRAGONETTI, CONVIDADO: Fotógrafo de rua, documentarista e fotojornalista. Ganhador do prêmio ESSO de Melhor Fotografia em 2013.
São Paulo, SP.
SOBRE DRAGO
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A gente já vive
o que não acredita!
Drago não carrega o peso de quem ganhou o prêmio de maior destaque do fotjornalismo brasileiro. Para ele, a fotografia é maior do que nomeações, premiações e destaques. Ela é, também, maior do que um estilo de vida. Ela é a vida. A vida daquele que se dedica a conhecer a sua própria história através da vida de outrem. A vida de quem sai de sua bolha, deixando de acreditar em seus ideais, para encontrar novas ideologias, culturas e etnias em um mundo a beira do colapso.
Suas fotografias em preto e branco trazem destaque para o cotidiano que busca encontrar nas ruas da megalópole de São Paulo - cotidiano este que não é e nunca será seu, mas é que é dos personagens que cruzam seus caminhos. Além destas fotografias, Drago está sempre com uma câmera em mãos, para registrar seus amigos, seu encontros e suas discussões, seja na banca de um bar, na mesa de um restaurante ou nas calçadas da cidade.
As histórias contadas em suas fotografias são as de pessoas que não possuem distinção entre o bem e o mal, o civilizado e o educado e a alegoria que chamamos de felicidade. Seus retratados são objetos, pessoas que buscam por um espaço em uma sociedade de descaso, contradições e traições. Seja em São Paulo, seja em manifestações ou no longínquo país do Malawi, seus personagens possuem um sorriso no rosto e uma alma que se esvazia.
MAIS NA SANGRIA
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CITADO NO PROGRAMA:
Leia mais sobre: SELVA SP, Prêmio ESSO, Vida Posamorte, VICE: Drago e a Selva de SP.
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