

JÚLIO CÉSAR
"A gente já vive o que não acredita"
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NO INVOCAÇÕES: Com retratos de pessoas negras sorrindo e demonstrando alegria, as fotografias de Júlio César ganharam espaço na exibição "Identidade" e na Curadoria da Sangria, com "Eu Sou Preto, Nego Véio". Agora ele busca, para além de seus registros, fomentar o debate sobre a presença do negro em meio ao âmbito artístico.
Entre conversas sobre a representatividade negra em meio a fotografia e os diferentes objetivos de um registro, o Invocações desta semana apresenta uma conversa que busca entender se é necessário, realmente, fazer fotografias de tudo - até mesmo daquilo que você não gosta/quer.
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MANHATTAN, HOST: Artista que utiliza a fotografia como sua principal ferramenta de comunicação e fundador da Agência Sangria.
Florianópolis, SC.

JÚLIO CÉSAR, CONVIDADO: Fotojornalista e Retratista. Autor do projeto "Identidade".
São Paulo, SP.
SOBRE JÚLIO CÉSAR
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A gente já vive
o que não acredita!


Júlio César quer entender por que a fotografia, quando registrando negros, apenas mostra racismo, disparidades sociais, tristezas e incongruências. Para ele a fotografia não deve ser segregada, destinada ou originada, ela deve ser de todos e para todos. Por este motivo decidiu subverter-se ao que a mídia, e os mais variados campos artísticos oferecem, e começou a registrar o seu cotidiano através dos dentes. Dos sorrisos.

Com retratos, em sua maioria coloridos de preto e branco, que mostram o sorriso das bocas e dos olhos, Júlio César quer mostrar a todos que o seu povo sofre racismo, sofre preconceito e é maltrato por isso, mas que não é um povo triste e que baixa a cabeça. Ele quer representar a sua comunidade e os seus pares com dignidade, com a coragem e bravura que carregam de seus ancestrais e disseminam nos tempos atuais. Esta é a mensagem que ele quer passar e que anseia ser compreendida.

Neste episódio do Invocações, o Retratista brasileiro explica as diferenças que encontrou enquanto fotógrafo por parte da grande mídia, de oportunidades e de preconceito, mas ressalta que isso faz parte e que cabe a todos nós trabalharmos para que isso melhore, pois o que importa para nós não é isso. O que importa é a fotografia e o que fazemos com ela. Ele relata que esta ganhando destaque por fazer algo básico, o retrato de pessoas negras sorrindo, mas que ao mesmo tempo, ninguém nunca antes fez.


Em debates recheados de posicionamentos políticos, Júlio César abre espaço também para criticar a fotografia no âmbito do próprio registro. Para ele, registrar tudo significa repetir fotografias, repetir debates e não inovar, apenas disseminar o que já foi anteriormente proposto.
MAIS NA SANGRIA
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CITADO NO PROGRAMA:
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