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PARINTINTIN

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06.09.2021

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Meu nome é Michel, de sobrenome Amazonas, o mesmo de meu querido estado e do rio que banha minha cidade.

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Nasci e cresci em Parintins, cidade do interior do Amazonas e segunda mais populosa do estado. Minha cidade é conhecida no país como a capital do folclore, do Boi-Bumbá, pois aqui acontece, no último fim de semana de junho, a famosa festa dos bois Garantido e Caprichoso - evento que lança a cada ano, artistas que atuam nas festas carnavalescas do país.

Parintins, apesar de grande no nome e nos dados, é pequena em sua área. E assim como todas as cidades do estado, sofre com as enchentes da bacia amazônica, gerando a cada ano a mesma reflexão: "A cheia esse ano vem grande?"

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Parintins é uma ilha. Mesmo morando em região que não sofre diretamente com o aumento do nível do rio, a cidade em um todo sofre.

Todos os anos, em meados de maio até junho, acontece a enchente do Rio Amazonas. Um período difícil para os ribeirinhos e moradores das regiões próximas, dado o aumento do nível do rio, que ocasiona a perda de plantações na zona rural, além da morte de animais de produção.

A enchente, como um todo, influencia todo o cotidiano da cidade. Grande parte das ruas são tomadas, aí começam as dificuldades... Por ser uma ilha, as ruas principais de acesso de um bairro a outro são inundadas, quem anda de bicicleta ou mesmo a pé, já fica limitado. Outra grande dificuldade influenciada diretamente é o comércio, muito dos produtos naturais, frutas e peixes vem da zona rural. Com a enchente, produtores de pequeno e meio porte sofrem com perda devido estarem em zona de várzea. Resultado disso: produtos mais caros. Já que há demanda mas não há oferta.

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E por último, mas não menos importante, com o aumento do nível do rio e a tomada das ruas, surge um dos grandes problemas das cidades, o mal tratamento de resíduos. O sistema de esgoto a céu aberto nos meios fios das ruas inundam em conjunto. Parintins não tem lixeira dedicada, mas, um lixão a céu aberto na região adjacente da cidade. Além disso , há ocupações de terrenos por pessoas em situação de rua, que dão origens a bairros maiores e sem planejamento sanitário básico.

Em suma, esses fatores trazem com a enchente, a facilidade de proliferação de doenças. O que em meio a uma pandemia como a da COVID-19, só aumenta os riscos, já não há programa de conscientização da população.

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A prefeitura, todo os anos, a depender do quanto o Rio sobe, monta as pequenas pontes para acesso e facilidade de locomoção dos pedestres. Maromba foi o nome popular que foi dado às pontes. 

Elas são construídas em razão das ruas estarem intransitáveis, não somente para os veículos, mas também aos próprios moradores. As marombas ficam ligadas das portas das casas à rua, até o ponto em que já se possa alcançar uma região longe das águas.

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O projeto se chama Parintintin devido a origem da criação da cidade. Este era o nome de um grupo indígena que habitava a região na época de sua formação.

Ser um Parintintin é ser um cidadão ligado as suas raízes. A população não utiliza mais do termo para nomear os cidadãos, que agora são parintinenses, mas que não deixam de carregar o sangue, a raiz, e consequentemente os mesmos problemas que se vivia na época dos Parintintin. 

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