CRENTES
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07.06.2021
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Aqueles que o recebem, não se tornam melhores versões de si mesmo, mas são transformados por inteiro, passam a ser novas criaturas e ganham o direito de serem chamados filhos de Deus. (João 1:12)
No Brasil existem mais de 65,4 milhões de pessoas que confessam a cristo Jesus como seu único Senhor e Salvador. Pessoas importantes, pessoas anônimas, donas de casa, empreendedores, detentos, da capital ou do interior, da zona urbana ou rural, de povoados ou grandes centros, o evangelho não tem barreiras e atingirá a todos os povos.
Uma vez salvos, homens e mulheres de Deus vivem seus chamados na terra, de maneira a mudar o meio que estão inseridos afim de causar uma transformação e um impacto social. “A redenção da nação passa pela igreja.” (Valnice Milhomens)
31% do Brasil é composto por evangélicos. E não existia nenhum trabalho fotográfico consistente que mostrasse isso.
Sempre acompanho o cenário de fotógrafos brasileiros independentes, de agências e coletivos, e até hoje não vi um trabalho denso e consistente que fale dos evangélicos no Brasil. Atualmente vejo muitos trabalhos retratam os imigrantes, negros, indígenas, etc. Porém nunca vi algo relacionado aos crentes.
Faço parte de um grande grupo de músicos, cantores e artistas que descobriram e desenvolveram seu talento na igreja. Lá pra 2012 - quando tinha uns 12 anos idade - comecei a registrar os cultos na minha igreja local, sem muita responsabilidade e nenhuma noção técnica/conceitual. Não sabia muito bem o que estava fazendo, só me entregavam uma câmera, e eu clicava. Anos depois, após muitos cultos fotografados e experiências singulares vividas, a fotografia tomou outras proporções na minha vida, hoje posso dizer que vivo isso.
Quando falo que fotografo culto, as pessoas acham que é algo tedioso, chato e longo, mas não é nada disso. Muitas vezes enquanto fotografo a mão treme, o coração acelera e os olhos choram. É diferente de quando fotografo qualquer outro evento, parece que estou à flor da pele, sentindo e me conectado muito mais com o assunto.
Acredito que pra ter um trabalho consistente, ele tem que ser profundo. E o que mais amo nesse projeto em andamento, é que tenho a possibilidade de fazer isso. Nasci e me criei no meio evangélico, o vocabulário "gospel", costumes e crenças são comuns na minha vivência.
Minha mãe é crente, nasci em "berço cristão" criado dentro da igreja, mas isso não me faz crente, se eu não tiver um encontro com Cristo, se pessoalmente não confessá-lo como único Senhor e salvador da minha vida, não tenho parte com ele.
Não sou um estrangeiro no assunto, nem mostro as coisas com um olhar de alguém que assiste de longe, eu vivo o que as pessoas que eu fotografo vivem, compartilho da mesma fé, tenho as mesmas práticas, isso me dá um acesso que normalmente não tenho em outros projetos.
As fotografias aqui representam encontros de filhos com seu Pai, e de um relacionamento único, que só há em Cristo Jesus.
